Sunday, January 2, 2011

The Book Thief

Durante 2010 foi-me dada a conhecer a vida da Liesel Meminger; o destino do irmão e da mãe, os pais adoptivos em Himmel Street, os amigos, os vizinhos.. Tudo o que aprendi sobre a Liesel, e a sua vida durante os primeiros anos da 2a Guerra Mundial, foi-me contado pela Morte. Apesar de no inicio sentir que isso era algo cliché, sinto agora que faz todo o sentido.

The Book Thief, por Markus Zusak.

A Morte gosta de fazer revelações sobre o final da história que está a contar, mas isso é um pouco como a certeza da morte na vida real. Apenas não sabemos quando ou como vai acontecer, e isso é, talvez, o segredo deste livro. O sofrer por antecipação por algo que sabemos que vai acontecer, e às vezes até como, mas que não sabermos quando vai acontecer. E pelo caminho, para piorar a angustia pelo desfecho, apaixonamo-nos mais e mais por todos os actores de Himmel Street e pelas suas acções, por vezes tão inesperadas, credíveis. Desesperamo-nos por muitos aceitarem de coração a guerra que o seu Fürer decidiu travar, e por aqueles que no meio da opressão, do Estado e dos seus próprios pares, conseguem destoar e lutar pelo que acham que é correcto, não importa a consequência.

E no meio de todo o caos, Liesel rouba livros, e aos livros rouba palavras que a confortam, que a ajudam a criar laços verdadeiros, às vezes com as pessoas mais improváveis.

Este Natal vi a edição portuguesa à venda, com o título A Rapariga que Roubava Livros. Seja em que lingua for, vale a pena procurar e ler a história de Liesel Meminger. Mais que uma boa história, é um livro onde o escritor sabe jogar com as emoções do leitor. E isso faz com que a história, e a História, fique bem vincada em nós.

1 comment:

José Rainho said...

é um livro fabuloso. Adorei.

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